O aquífero Alter do Chão é um verdadeiro oceano subterrâneo em um dos destinos mais apaixonantes da Amazônia, capaz de oferecer uma experiência inesquecível de turismo a seus visitantes.

O distrito paraense já foi eleito pelo jornal britânico The Guardian como um dos destinos mais paradisíacos de praias no Brasil, superando cenários badalados, como Fernando de Noronha!

Neste artigo, você vai descobrir tudo que precisa saber sobre o maior aquífero do mundo e as atrações mais imperdíveis do chamado Caribe Amazônico, veja só!

Aquífero Alter do Chão: belezas naturais, história e cultura!

A região onde fica o aquífero Alter do Chão parece ter sido privilegiada pela natureza.

Ali se encontram os rios amazônicos Tapajós e Arapiuns, formando praias de areia cor de pérola, onde a água assume os mais diferentes tons de azul.

O pano de fundo é o verde absoluto da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia, capaz de transformar cada mergulho em uma experiência única.

O distrito de Alter do Chão fica no Pará, pertinho de Santarém (35 km), cidade da qual faz parte, mas bem longe da capital, Belém, situada a mais de 1.300 km de distância.

Chegar até a região é mais fácil do que parece: o aeroporto de Santarém recebe voos regulares de cidades como Brasília, Belém e Manaus.

Neste ponto do mapa brasileiro, parece haver um oceano bem distante do mar, graças à confluência do rio Tapajós com o gigante Amazonas, maior rio do mundo, onde se formam os lagos Curuai, Paru e Itarim.

O resultado são praias belíssimas e permanentes, diferentemente da Praia da Ponta Negra, em Manaus, que surge apenas no período de vazante dos rios.

Um dos maiores atrativos de Alter do Chão é justamente seu aquífero, maior do mundo em volume de água e considerado uma das mais importantes reservas hídricas do planeta, e nós vamos te contar tudo sobre esse gigante. Vamos lá!

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O que é o Aquífero Alter do Chão?

Antes de mais nada, vale a pena descobrir o que é o aquífero Alter do Chão: conhecer sua importância pode tornar sua viagem ainda mais fantástica.

O aquífero é um reservatório subterrâneo de água doce formado graças à infiltração da água da chuva por solos e rochas permeáveis.

Isto é, o chão e as pedras atuam como filtros que transportam a água da chuva até grandes bolsões debaixo da terra, formando, então, um aquífero.

Qual é o tamanho do Aquífero Alter do Chão?

São as dimensões continentais que tornam o aquífero Alter do Chão tão impressionante: a reserva de água se estende por 86 mil km³ entre os estados do Pará, Amazonas e Amapá.

Estamos falando de 400 mil km² de área, equivalente aos territórios de Países Baixos, Dinamarca, Croácia, Sérvia, Portugal e Hungria juntos!

Qual a importância do Aquífero Alter do Chão para o Brasil?

O aquífero Alter do Chão é de extrema importância para o Brasil e para o mundo não apenas por sua capacidade de água potável, mas também pelo papel estratégico que exerce no meio ambiente.

Essa reserva subterrânea dá origem a lençóis freáticos, nascentes e rios com grande volume de água potável, isto é, indicada para uso humano e de grande importância para sustentar a vida animal e vegetal.

É tanta água que seria capaz de abastecer toda a população do planeta 100 vezes!

Qual a utilização do Aquífero Alter do Chão?

Atualmente, o aquífero Alter do Chão é utilizado para o abastecimento de mais de 2 milhões de pessoas que vivem nas cidades de Santarém, no Pará, e Manaus, no Amazonas.

No entanto, o fornecimento de água não é a única função do aquífero: ele também é preservado como uma espécie de reservatório permanente, com volume suficiente de água para garantir a vida por longos períodos.

Qual a diferença entre o Aquífero Guarani e o Alter do Chão?

Por muito tempo, o título de maior aquífero do mundo ficou com o aquífero Guarani, que guarda 45 mil km³ de água e ocupa mais de 1,2 milhão de km² entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Assim como o “primo” do Norte do Brasil, o aquífero do Sul é utilizado para abastecimento de água e tem grande importância ambiental. A diferença fica por conta da quantidade de água.

Foi só em 2010 que os cientistas descobriram as verdadeiras dimensões do aquífero de Alter do Chão, que, embora seja menor em área, tem quase o dobro de volume de água!

Onde ficar em Alter do Chão?

O aquífero Alter do Chão não é a única atração espetacular desse charmoso destino paraense: o distrito de Santarém vive do turismo e pode ser um excelente ponto de partida para passeios pela Amazônia.

Confira onde ficar para aproveitar ainda mais a sua estadia!

Região Central

Alter do Chão é uma vila com pouco mais de 3.000 moradores e território compacto: não importa onde você se hospede, você estará bem localizado.

A região central da vila concentra as melhores opções de entretenimento, lazer e turismo, além de dispor de boa infraestrutura.

Quanto mais próximo da Igreja Nossa Senhora da Saúde, mais perto estará de restaurantes, lojas e dos pontos de partida de barcos de passeio.

Se você prefere mais contato com a natureza, é só se afastar do centrinho, ficando próximo às margens do rio ou à mata.

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O que fazer em Alter do Chão?

Está planejando uma viagem para conhecer o aquífero Alter do Chão e os demais pontos de interesse desse charmoso destino amazônico?

É melhor caprichar no roteiro de viagem, pois o que não falta é atração esperando você!

O visitante pode se divertir nas praias paradisíacas da Ilha do Amor, se deliciar com a paisagem das pontas do Muretá e do Cururu, percorrer trilhas na Floresta Nacional do Tapajós e muito mais.

Confira o que fazer em Alter do Chão!

Serra da Piraoca

A Serra da Piraoca é um atrativo imperdível para quem curte paisagens exuberantes. Do alto da elevação é possível contemplar toda a vila de Alter do Chão e as águas plácidas do Tapajós.

O morro é o ponto mais alto no terreno plano do vilarejo, destacando-se na paisagem como um gigante, embora tenha apenas 110 metros de altura.

Para chegar até lá, você não precisa de guia turístico. Basta seguir uma trilha de nível fácil de dificuldade a partir da Ilha do Amor, com boa sinalização.

Ilha do Amor

O cartão-postal de Alter do Chão é a Ilha do Amor, situada logo na entrada da vila, combinando fácil acesso, boa infraestrutura e belos cenários naturais.

As areias branquinhas contrastam com o verde da mata e as águas do Lago Verde, conquistando à primeira vista os visitantes.

No lado mais movimentado da faixa de areia você encontrará quiosques à beira-rio, mesas na faixa de areia e tudo que você precisa para passar o dia renovando o bronzeado sem se preocupar com nada.

Você poderá até alugar caiaques para remar pelas águas calmas do lago, além de ter acesso à trilha da Serra da Piraoca, que leva a um mirante natural no alto de um morro.

Nas proximidades do rio Tapajós, por sua vez, o ambiente é mais selvagem e quase deserto, ideal para quem curte tranquilidade.

A maneira mais prática de chegar até a Ilha do Amor vai depender da época da sua viagem. Durante o período de estiagem, é possível cruzar da praia da vila à ilha a pé.

Nas demais épocas do ano, você precisará pegar um barco para fazer a rápida travessia, a partir de R$ 5 por pessoa (preço em outubro/2021).

Depois, é só repetir o caminho no sentido inverso e se refrescar nas águas do rio Tapajós!

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Floresta Encantada

A Floresta Encantada é um trecho da floresta amazônica em meio às águas do Lago Verde, por onde é possível navegar apenas durante a época da cheia. Ou seja, o passeio só pode ser feito de dezembro a julho.

O percurso é feito em uma canoa que leva os turistas lentamente em meio a igapós, um tipo de vegetação típico da Amazônia, deslizando sobre águas tão transparentes que tornam possível ver a vegetação submersa.

O passeio não dura mais que 40 minutos e é simplesmente imperdível se você estiver visitando a vila durante o primeiro semestre do ano.

Praça Sete de Setembro

O coração da vila fica na praça Sete de Setembro, no centrinho de Alter do Chão, principal núcleo urbano da região.

A praça é o principal ponto de partida dos barcos e lanchas de passeio que levam à Ilha do Amor e a outras praias locais.

A localização é tão estratégica que boa parte dos turistas opta por se hospedar nos arredores da praça.

Afinal, quem fica na Sete de Setembro está pertinho de praticamente todos os pontos turísticos e de transporte da vila!

Pontas do Muretá e do Cururu

As pontas do Muretá e do Cururu são trechos de areia que avançam sobre o rio Tapajós.

Não coincidentemente, nesses lugares você poderá contemplar as vistas mais bonitas de toda a vila, especialmente no fim de tarde.

Nesses locais, o sol se põe sobre as águas do rio: um espetáculo da natureza ao qual você pode assistir enquanto se banha nas águas quentinhas do Tapajós.

Você pode contratar um barco na Associação de Barqueiros de Alter do Chão para chegar às pontas ou, ainda, seguir a pé pela Ilha do Amor até chegar à Ponta do Cururu.

Floresta Nacional do Tapajós

A Floresta Nacional do Tapajós é uma parada obrigatória em qualquer passeio por Alter do Chão. Afinal, onde mais você teria a experiência de caminhar pela floresta amazônica?

A reserva se estende por 527 mil hectares da maior floresta tropical do mundo, onde você poderá conhecer plantas e animais que não existem em nenhum outro lugar do mundo.

O tour leva o visitante a trilhas em meio à vegetação densa, onde você poderá ver gigantes amazônicas como a seringueira e a sumaúma, chamada pelos indígenas de “árvore da vida”.

Os turistas ainda visitam as comunidades de Jamaraquá, Maguari e São Domingos, onde podem aprender mais sobre o estilo de vida na Amazônia.

Quem deseja viver uma experiência ainda mais imersiva pode fazer o passeio com pernoite para acampar na floresta ou às margens do rio Tapajós.

Para curtir seu passeio com conforto e segurança, recomenda-se que o visitante utilize calçado adequado para caminhadas, repelente e roupas leves, além de levar um lanche rápido e água na mochila.

Ponta do Jari

Um dos passeios mais legais que você pode fazer em Alter do Chão é a visita à Ponta (ou Canal) do Jari, um trajeto de barco ou lancha por um dos canais do Tapajós.

O percurso passa por áreas alagadas e comunidades ribeirinhas, levando o visitante às famosas vitórias-régias e trechos de mata densa, onde você poderá ver animais amazônicos, como preguiças, jacarés e até botos!

O visitante pode até combinar com o barqueiro a passagem em outros atrativos da região, como as pontas do Cururu e do Jutuba ou a Praia de Carapanari.

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